terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

VÍDEO DA SEMANA: Satisfaction (Rolling Stones)

 Aí está uma das maiores bandas de sempre tocando um de seus maiores clássicos para a melhor platéia de todo o mundo!


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

ENTREVISTA - Felício Júnior



 Olá, caros leitores! Realizamos uma entrevista com um dos maiores guitarristas de Goiás e do Brasil também! Com a palavra, Felício Júnior!

JORGE: Por que tocar guitarra? Por que você escolheu esse instrumento?

          F. JÚNIOR:  Essa pergunta pra mim soa como perguntar para um vendedor: por que vender? Ou a um professor: por que ensinar? As pessoas precisam de música assim como precisam ir ao supermercado ou aprender matemática. Somos corpo, mente e alma, o alimento é para o corpo, o conhecimento é para a mente e a música é para a alma, os três precisam ser alimentados para que haja equilíbrio, e vida plena. O espírito é a fusão de tudo isso com o sopro de Deus, e sem Deus não somos nada, Ele é que nos molda!!! O problema é que vivemos em uma sociedade que supervaloriza o material, e a música é abstrata. Mas tire a música do mundo... tire os artistas... tire  a poesia... tire a guitarra...! É como tirar a trilha sonora de um filme (ou pior). Como diz os Titãs: “A gente não quer só comida, quer comida diversão e arte” e acrescentaria: e Deus!

Na verdade eu não escolhi a guitarra, ela me escolheu, me fascinou, é um instrumento poderoso, muda as vidas, quando toco penso nisso, posso estar mudando alguém e que seja pra melhor. Ser músico é responsa!!

JORGE:. Para você, música é diversão ou trabalho?

F. JÚNIOR: Eu trabalho me divertindo e me divirto trabalhando, essa é a vantagem de quem escolhe esse caminho, pra mim não existe domingo, feriado... qualquer dia é dia pra tocar, ganho a vida assim, a desvantagem é que não se ganha tanto a$$im... (por enquanto, espero...)

JORGE: Você é guitarrista do JAM Trio. Como foi gravar o Dvd "Manhatan Night"?

F. JÚNIOR: Foi uma experiência muito boa na minha carreira ensaiamos bastante, não eram músicas fáceis, eu estava no meu limite, nos improvisos parecia estar numa corda bamba, mas é assim que a gente se supera, não tem jeito! Gostei de umas coisas, outra não. Agente nem tinha a intenção de fazer o DVD, agente ía gravar só pra arquivar, mas o pessoal gostou tanto que resolvemos fazer copias e vender, ficamos mais conhecidos com isso. Foi um trabalho com orçamento muito restrito, mas acabou ficando legal, mas quero fazer um de alto nível em breve.

JORGE: Quais guitarristas/artistas que mais influenciam seu modo de tocar?

F. JÚNIOR: Foram vários e por diferentes fases vou tentar resumir, em ordem cronológica esses caras me assustaram: fase 0 – Frejat, Hebert Vianna, Augusto Links; fase 1 - Eric Clapton, Jimi Page, Richie Blackmore, Stevie Ray Vaughan; Fase 2 - Joe Satriani, Steve Vai, Steve Morse, Geovanni Fernandes* (Goiânia); Fase 3 – Eric Johnson, Richie Kotzen, Greg Howe, Mike Stern, Scott Henderson; fase 4 – Gamela*, Ed Bickert, Wes Montgomery, Ted Greene, Lula Galvão*, Genil Castro*; hoje – Bill Evans, John Coltrane, Leonardo Amuedo, Antoine Dufour, Ricardo Silveira. 

* Músicos com quem tive um contato direto e me ajudaram muito!  

 JORGE: Falando um pouco sobre Rock, como você vê a cena atual desse gênero? Há espaço para o Rock no Brasil atual?

F. JÚNIOR: Confesso que não tenho acompanhado esse cenário de perto, mas o que ouço por aí nas rádios, considero pobre, salvo algumas exceções claro. Tenho a impressão que são bandas de laboratório, falta personalidade, como tinha nos anos 80, eu sou suspeito pra falar pois vivi um pouco dessa fase. Acho que hoje as pessoas fazem música pensando se vai fazer sucesso, não fazem de coração, se tiver um refraõzinho sem vergonha, mas que pega ta valendo...! Pode até vender e tocar na rádio, mas não tocam as pessoas. Acredito que deve ter muita coisa boa que ninguém conhece e que estão nas garagens, nos palcos improvisados...

JORGE:. Mande uma mensagem para os leitores do blog "Notas do Rock".

F. JÚNIOR: A música tem que ser usada para o bem, como diz Beethoven “a música é a linguagem que fala direto aos corações”, portanto a mensagem que ela leva tem que ser para construir e não para destruir, levar o amor e não o ódio, trazer sabedoria e não alienação e infelizmente isso acontece. Então se você toca, você tem uma responsabilidade, a de transmitir a uma pessoa o que de bom há em você!!! Se você apenas ouve, tente filtrar as coisas e reter só o que a há de bom, se todo mundo entendesse isso o mundo seria diferente, e só conseguimos entender quando Deus nos abre os olhos do coração, e isso Ele faz, é só agente pedir crendo Nele. E se você quer aprender tocar, o que está esperando!?!? Liga pra mim: 3324 0599. Visite nosso site www.jaminstitutomusical.com.br


 Um pouco mais sobre Felício Júnior: 

Guitarrista, Violonista, iniciou seus estudos com os professores Marcelo André e Arnaldo Freire e. Influenciado pelo blues e o rock instrumental participou de diversas bandas do gênero como Midnigth Blues Remblers e Blackout. 

Dedica-se ao estudo do jazz e música brasileira estudando harmonia com Gamela e Ian Guest e improvisação com Ademir Junior, Genil Castro, Lula Galvão e Nelson Faria. Atua como sideman acompanhando e gravando com diversos artistas regionais. Leciona a mais de dez anos e é autor do método: Guitarra Arte e Violão Arte. 

É integrante do grupo instrumental JAM Trio tendo gravado com este o DVD Manhatan Night. É guitarrista substituto na Banda Pequi e graduando em Musicoterapia pela UFG.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Trabalhando em um sonho

 Este é o nome do novo álbum do veterano Bruce Springsteen. Lançado no dia 27 do mês passado, o álbum tem tudo pra estar no topo das paradas pelas próximas semanas. Bruce decidiu não arriscar alguma mudança drástica em seu a longa data consagrado som. Mas o bom é que, apesar do mesmo estilo, as canções continuam empolgantes, embaladas pelas boas guitarradas do Boss e pelos instrumentistas de apoio (The E Streets Band). 

  Um dos destaques do álbum é a faixa bônus, "The Wrestler", tema do fime de mesmo nome, e que já ganhou prêmio na categoria musical do Globo de Ouro [detalhe: sem indicações ao Oscar na categoria, injustamente].
 Há faixas lentas e rápidas, as quais destaco as duas primeiras músicas do álbum ("Outlaw Pete" e "My Lucky Day"). Outra linda surpresa é a bela "Tomorrow Never Knows".
 Após tantos sucessos, tantas vezes no topo da parada e tantos prêmios, Bruce Springsteen, conhecido como The Boss, poderia nem se preocupar em lançar um bom álbum. Mas se preocupa.

Músicas: Outlaw Pete, My Lucky Day, Working On A Dream, Queen Of The Supermarket, What Love Can Do, This Life, Good Eye, Tomorrow Never Knows, Life Itself, Kingdom Of Days, Surprise Surprise, The Last Carnival, The Wrestler (bônus)
Preço: R$24,90

sábado, 31 de janeiro de 2009

NOVIDADE! - Quem foi... Johnny Cash

 A partir desta semana teremos a cada 15 dias a seção "Quem foi...". Nela escolheremos um artista e postaremos uma pequena biografia, focalizando seus principais trabalhos, etc.

 No post de hoje... Quem foi Johnny Cash?
 Simplesmente o símbolo do Country. Famoso por sua "voz de trovão" e suas polêmicas atitudes, Johnny nasceu no Arkansas, numa família bastante pobre. Sofria com o pai, que era alcoólatra e seu refúgio era o rádio. Tinha uma relação muito forte com seu irmão mais velho, Jack, que sempre o protegia. Eles trabalhavam juntos, e um dia Johnny saiu para pescar e Jack sofreu um terrível acidente, quando por descuido foi literalmente serrado por uma serra de madeira. Ele ainda sofreu por alguns dias e Johnny o viu morrer em seu leito. Isso trouxe uma enorme culpa para o cantor, que se refugiava nas músicas cristãs.  
 Quando jovem, serviu a Força Aérea Americana por algum tempo. Depois, quando dispensado, se casou com sua primeira esposa, Vivian, com tem teve 4 filhos.
 Como músico, Cash trabalhou muito pra ter seu talento reconhecido. Quando a carreira finalmente decolou, surgiram os problemas com drogas e álcool. Foi preso algumas vezes, mesmo nunca cumprindo pena. Apenas dormia algumas noites na cadeia ou pagava multas. O vício acabou com seu casamento e quase que com sua vida também.
 Johnny Cash tinha o hábito de fazer shows em lugares inusitados, como prisões. Sim, ele fazia a alegria dos presos tocando músicas sobre bandidagem, como a ótima "Cocaine Blues" e "Cry, Cry, Cry".
 Sua maior parceira foi a cantora June Carter, o amor de sua vida, que além de ajudá-lo a sair do vício, casou-se com Johnny e viveu até o último dia de sua vida com ele. 

CURIOSIDADES

 Johnny Cash adorava roupas pretas. Ele explica o porquê disso na música "Man In Black":
"Eu visto preto pelos pobres e oprimidos / Vivendo no lado faminto e sem esperança da cidade / Visto pelo preso que há muito tempo já pagou pelo seu crime / Mas está lá porque é uma vítima dos tempos"

 Seu álbum "Johnny Cash Lite from Folsom Prison", gravado ao vivo dentro da Prisão Folsom, é umdos trabalhos ao vivo mais bem sucedidos da história, superando vendagens de diversos artistas da época.

Johnny Cash em 5 músicas: "Ring Of Fire", "I Walk The Line", "Cocaine Blues", "Cry, Cry, Cry" e "Hurt".

 Sua história foi brilhantemente retratada no filme "Johnny e June" (Walk The Line). Joaquin Phoenix interpretou perfeitamente o cantor.  O filme concorreu ao Oscar nas categorias Melhor ator, melhor atriz, melhor edição, melhor som e melhor figurino. Venceu por melhor atriz (Reese Whiterspoon).



"O gosto do amor é doce quando corações como os nossos se encontram" - trecho de Ring Of Fire, by Johnny Cash

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

VÍDEO DA SEMANA: Something (The Beatles)



 Este é o vídeo da bela "Something", composta pelo beatle George Harrison (o subestimado, na minha opinião) e faz parte da obra-prima Abbey Road. É tão bela que merece ter a letra traduzida nesse post:

"Algo na maneira em que ela se move
me atrai como nenhuma outra
Alguma coisa em seu jeito me agrada

Não quero deixá-la agora
Você sabe que eu acredito, e muito.

Em algum lugar de seu sorriso ela sabe
que não preciso de nenhuma outra amante
Algo em seu modo que ela me mostra

Não quero deixá-la agora
Você sabe que eu acredito, e muito

Você me pergunta se meu amor crescerá
Eu não sei, eu não sei
Fique por perto e ele se mostrará
Eu não sei, eu não sei"

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O Rock é do Diabo?

 Uns cantam sobre a estrada para o inferno e outros sobre uma escada para o Céu. Alguns cantam sua “simpatia pelo demônio” e outros batem na porta do céu. Trocadilhos infames a parte, a grande questão é: O Rock é do diabo?

  “O Diabo é o pai do Rock”, declarou o músico brasileiro Raul Seixas. E essa afirmação foi e sempre será repetida, seja por fanáticos religiosos ou por pais e mães que não agüentam mais os filhos ouvindo rock pesado das 10 da manhã as 3 da madrugada.  Embora Deus e Satã já estivessem presentes no Rock antes, foi na década de 60 que as duas forças se intensificaram. Bastou John Lennon dizer que os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo que a coisa pegou fogo. Lennon não estava se comparando ao filho de Deus. Apenas disse que a juventude se importava mais com seu grupo, o que de fato, não era mentira alguma. A polêmica frase do líder dos Beatles se espalhou e chegou na América de forma distorcida: “Somos maiores que Jesus Cristo”.

 Rádios americanas vetaram a música da banda e organizaram por todo lugar as famosas “fogueiras-beatle”, onde os bons jovens eram convidados a queimarem os discos do grupo. Nos EUA, enquanto Elvis gravava um disco gospel de tempo em tempo, o The Doors de Jim Morrison se mergulhava no Xamanismo cantando temas como “Shaman’s Blues”, “Yes, The River Knows”, entre outras.

 Muitos não sabem, mas foi aqui no Brasil que um dos maiores sucessos dos Rolling Stones começou. Mick Jagger e Keith Richards estiveram de férias em nossa terra e meados de 1968. Na Bahia, visitaram centros de macumba e ao voltarem para a Inglaterra, criaram uma música cheia de ritmo, um samba de terreiro, uma macumba com guitarras... o clássico “Sympathy For The Devil”.

Na canção, Jagger canta as tragédias e desgraças da humanidade e fatos bíblicos na persona do próprio demo.  Daí surgiram mais e mais bandas como o Black Sabbath, Led Zeppelin, AC/DC, entre outros, dando munição aos religiosos que pregavam exatamente o contrário.

 Quem acha que só o diabo se divertiu com o rock se engana. Os Byrds cantavam “eu gosto da vida cristã” em sua “Christian Life”, sem falar em Bob Dylan, Bruce Springsteen e o U2, que em seu terceiro álbum cantou na balada “40”: “Esperei pacientemente pelo Senhor, Ele se inclinou e ouviu minhas súplicas”.

 Isso que escrevi foi apenas um super-breve resumo, citando algumas poucas bandas e artistas que se envolveram com os dois lados da espiritualidade. Há muitos outros artistas no mesmo barco, seja o Iron Maiden ou Johnny Cash

Na minha modesta opinião, o Rock é tão bom que nem o céu e o inferno resistem!!

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 Jorge Takeda (eu) é Agnóstico, e ouve tanto Highway To Hell como Amazing Grace.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

VÍDEO DA SEMANA

 Toda sexta-feira postarei o vídeo da semana! Se vocês tiverem alguma sugestão ou pedido, podem mandar por meio dos comentários. 

 Começaremos com a banda americana Kings Of Leon, tocando sua viciante Sex On Fire.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Franz psicodélico-dançante Ferdinand

  Não há como fazer comparações entre este trabalho e os anteriores do Franz Ferdinand. O novo álbum dos escoceses, entitulado "Tonight: Franz Ferdinand", é diferente dos dois últimos. Se nos últimos álbuns a turma liderada por Alex Kapranos mostrou uma pegada de rock com um pézinho no dance, no novo disco eles se jogaram completamente nas pistas, revelando até um pequeno lado psicodélico em algumas faixas, como na que abre o disco, "Ulysses".
 Outras faixas que merecem destaque são: Bite Hard, No You Girls e a ótima Twilight Omens.

 Pra quem já gosta da banda, é um bom álbum. Pra quem não gosta, vai continuar não gostando. Tirem suas conclusões.

Músicas: Ulysses, Turn It On, No You Girls, Send Him Away, Twilight Omens, Bite Hard, What She Came For, Live Alone, Can't Stop Feeling, Lucid Dreams, Dream Away, Katherine Kiss Me.
Preço: Ainda não foi lançado, mas já se encontra em pré-venda por preços entre 27,90 e 32,90.