Uns cantam sobre a estrada para o inferno e outros sobre uma escada para o Céu. Alguns cantam sua “simpatia pelo demônio” e outros batem na porta do céu. Trocadilhos infames a parte, a grande questão é: O Rock é do diabo?
“O Diabo é o pai do Rock”, declarou o músico brasileiro Raul Seixas. E essa afirmação foi e sempre será repetida, seja por fanáticos religiosos ou por pais e mães que não agüentam mais os filhos ouvindo rock pesado das 10 da manhã as 3 da madrugada. Embora Deus e Satã já estivessem presentes no Rock antes, foi na década de 60 que as duas forças se intensificaram. Bastou John Lennon dizer que os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo que a coisa pegou fogo. Lennon não estava se comparando ao filho de Deus. Apenas disse que a juventude se importava mais com seu grupo, o que de fato, não era mentira alguma. A polêmica frase do líder dos Beatles se espalhou e chegou na América de forma distorcida: “Somos maiores que Jesus Cristo”.

Rádios americanas vetaram a música da banda e organizaram por todo lugar as famosas “fogueiras-beatle”, onde os bons jovens eram convidados a queimarem os discos do grupo. Nos EUA, enquanto Elvis gravava um disco gospel de tempo em tempo, o The Doors de Jim Morrison se mergulhava no Xamanismo cantando temas como “Shaman’s Blues”, “Yes, The River Knows”, entre outras.

Muitos não sabem, mas foi aqui no Brasil que um dos maiores sucessos dos Rolling Stones começou. Mick Jagger e Keith Richards estiveram de férias em nossa terra e meados de 1968. Na Bahia, visitaram centros de macumba e ao voltarem para a Inglaterra, criaram uma música cheia de ritmo, um samba de terreiro, uma macumba com guitarras... o clássico “Sympathy For The Devil”.
Na canção, Jagger canta as tragédias e desgraças da humanidade e fatos bíblicos na persona do próprio demo. Daí surgiram mais e mais bandas como o Black Sabbath, Led Zeppelin, AC/DC, entre outros, dando munição aos religiosos que pregavam exatamente o contrário.

Quem acha que só o diabo se divertiu com o rock se engana. Os Byrds cantavam “eu gosto da vida cristã” em sua “Christian Life”, sem falar
Isso que escrevi foi apenas um super-breve resumo, citando algumas poucas bandas e artistas que se envolveram com os dois lados da espiritualidade. Há muitos outros artistas no mesmo barco, seja o Iron Maiden ou Johnny Cash.
Na minha modesta opinião, o Rock é tão bom que nem o céu e o inferno resistem!!
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